segunda-feira, 31 de maio de 2010

A ludicidade e sua importância!



A ludicidade e sua importância no processo de ensino – aprendizagem

Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É o que a torna ativa, criativa e lhe dá oportunidade de se relacionar com os outros; também a faz mais feliz, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo e ser solidária.

Brincando ela desenvolve potencialidades, compara, analisa, nomeia, mede, cria, deduz. No entanto, o brincar tem suas etapas de desenvolvimento. De início, a criança começa sozinha, manipulando objetos; posteriormente, procura companheiros para brincadeiras paralelas (cada um com seu brinquedo) e, a partir do desenvolvimento do conceito de grupo, além de descobrir os prazeres e as frustrações de brincar com os outros, cresce emocionalmente. Mesmo quando ela ainda não sabe compartilhar, aprende a esperar sua vez e a interagir de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas.

A partir disto as atividades lúdicas, desenvolvidas na Escola, procuram estimular o entusiasmo, assim a criança fica alegre, vence obstáculos, desafia seus limites, despende energias, desenvolve a coordenação motora e o raciocínio lógico. Mas o mais importante é conseguir trabalhar o emocional, superando a frustração, resgatando valores como amizade, respeito, solidariedade, exercitando os direitos e os deveres, visando o progresso do processo de ensino-aprendizagem.

Educar a criança é criar condições para que ela se aproprie de formas de agir, de sentir e de se expressar; enquanto brinca, ela desenvolve afetividade, motricidade, imaginação, raciocínio e linguagem. De um modo geral, todos estes itens facilitam o aprendizado da leitura, da escrita, do pensamento lógico, da análise-síntese, do ritmo, da coordenação motora fina, entre outros.

Portanto, brincar não é um ato sem importância, mas sim, de socialização e preparo para o convívio social.

Com este intuito, procuramos, diariamente, resgatar as brincadeiras lúdicas como por exemplo a amarelinha e o caracol, que propiciam o desenvolvimento da lateralidade, orientação espacial, coordenação viso motora, tal como outras atividades que estimulam a percepção do esquema corporal, da análise e síntese visual e auditiva.

Com o avanço da tecnologia muitas brincadeiras conhecidas como “antigas” deixaram de fazer parte da vivência das crianças. Elas foram, facilmente, substituídas por jogos eletrônicos, celulares, maquiagens, entre tantos outros artigos coloridos e interessantes que “iluminam” os olhares das crianças. Não queremos ser extremistas, pois tudo que é dosado na medida certa tem efeitos positivos, mas é muito importante lembrarmos que “criança deve ser criança”!

Queremos convidá-los a vivenciar a ludicidade! Aproveitem as oportunidades! Abusem da imaginação, contando histórias, criando brincadeiras, resgatando aquilo que você mais gostava quando criança! Jogar bola, brincar de boneca, pular elástico, jogar bolinha de gude, brincar de casinha! Serão momentos de descontração, alegria, aprendizagem e troca de experiências que enriquecerão o convívio familiar!

Eliza Evelyn Winter

Coordenadora de Educação Infantil





segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bullyng, aqui esse mal não tem lugar!!!


O mal-estar causado por zombarias e violência corporal entre colegas de escola afeta a saúde física e emocional das crianças. Precisamos estar preparados para combater este mal.

O que é Bullying?

Sem tradução direta para o português, o termo é utilizado para designar violências físicas e psicológicas praticadas de forma recorrente por um indivíduo ou um grupo deles contra um mesmo colega, que acaba se tornando uma espécie de bode expiatório. Mais frequente na escola, mas nada impede que aconteça no condomínio, no bairro, na família e no trabalho; adultos também podem sofrer com esse tormento.

Essas atitudes têm consequências preocupantes para a saúde física e principalmente emocional de seus atores; tanto faz se são os agressores, as vítimas ou as testemunhas. E o que é pior: a intimidação, o medo e a vergonha sedimentam um pacto velado de silêncio entre os jovens. É comum que pais e educadores só se deem conta do que está acontecendo quando a situação chega a extremos.

Como detectar este tipo de comportamento?

O AGRESSOR:

Está entre a idade pré-escolar e a adolescência. É inseguro e tem dificuldade para fazer amigos, só que esconde a pouca empatia com atitudes agressivas ou dominadoras. Inteligente, sabe reconhecer suas vítimas. Provoca briga aonde vai, não se adapta às regras, espera que todos façam sua vontade, é pouco supervisionado por seus responsáveis e sofre com carência afetiva e pressão para ter sucesso.

A VÍTIMA:

Costuma estar entre a idade pré-escolar e a adolescência. É quieta, insegura, com baixa autoestima e não consegue se defender. Febre, vômitos, dores de cabeça e medo na hora de ir para a escola, perda de apetite, baixa resistência imunológica, volta do xixi na cama, queda nas notas, machucados inexplicáveis, sumiço de material, rasgos nas roupas.

A PLATÉIA:

Espectadores dessas cenas de violência na escola não estão livres das consequências. Eles se calam ou riem dos abusos com medo de se tornarem a próxima vítima. E tudo isso gera ansiedade, insegurança, aflição, tensão e irritabilidade, porque, evidentemente, nem sempre concordam com o que estão assistindo. O aprendizado e a socialização também acabam saindo prejudicados.

O que pais, responsáveis e a Escola podem fazer?

A família e a escola devem trabalhar juntas, buscando uma abordagem indireta, de reflexão e conciliação, e nunca de confrontação e repreensão. As ferramentas mais eficazes para ensinar regras de convivência saudável aos filhos são o afeto incondicional, o diálogo e as atividades educativas, como jogos esportivos, aulas de arte e ações solidárias. Os pais também precisam estar atentos às próprias atitudes dentro de casa. Gestos, tons de voz, toques e expressões faciais marcam muito mais do que discursos, especialmente até os sete anos de idade. Pais que vivem ausentes ou estressados por causa do trabalho e que costumam usar gritos, tapas e murros para exercer sua autoridade vão transmitir esse modelo de relacionamento aos filhos, mesmo sem perceber.


Fonte: Revista Saúde; Junho/2009.


Juntos, família e Escola, para que, munidos de informação e orientação, possamos combater esse mal.

Atenciosamente,
Equipe E.A.B