segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Dica de Leitura...


Dica de leitura: “Coisas Maravilhosas Para Aprender, Fazer e se Divertir” – É um livro ótimo para inspirar professoras que precisam desenvolver idéias de projetos e curiosidades que podem ser construídas pelas crianças e para pais que não tem mais idéia do que fazer com seus filhos em casa ou nas férias.

O livro sugere atividades, receitas, maneiras ecológicas de fazer as coisas e até primeiros passos de como tocar violão.

Esta é a sinopse do site da Livraria Cultura: “Com o apoio de ilustrações explicativas, a autora mostra o passo a passo de várias coisas como por exemplo, tirar as primeiras notas do violão, costurar uma saia ou dobrar origamis. O livro também estimula o desenvolvimento de competências que acompanharão as meninas para o resto da vida, como pintar em vidro, fazer patchwork, assar pão integral ou até mesmo escrever e trocar cartas com amigas, resgatando o charme da comunicação tradicional em plena era do MSN e do Twitter.”

Vale a pena conferir!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O Verdadeiro Sentido do Natal

Estamos chegando perto do Natal, já estamos cheios de preparativos, expectativas, ansiedade e tudo aquilo que temos direito!

Provavelmente sua casa já está enfeitada e você está contando os dias pra chegar Dezembro e a grande contagem regressiva. Todo ano é a mesma coisa, mas todo ano nós adoramos fazer isto. Desentendimentos de família a parte, esta é uma festa que tende a unir as pessoas. Parece que os presentes, as canções e muitas comidas conseguem amolecer nossos corações para dividir momentos especiais como nem sempre conseguimos no dia-a-dia.

A história de Jesus e a sua importância na fundamentação de valores essenciais para a sociedade, são alguns fatores que nos comovem e nos fazem lembrar, até hoje, do dia em que nasceu o menino Jesus. O dia em que nasceu o dia que iria para sempre unir as pessoas, que felizes comemoram a vida.

Uma idéia legal pra curtir a sua espera e dos seus pequeninos, tanto na escola quanto em casa, é o Calendário de Natal que conta regressivamente os dias pro Natal. Você pode colocar chocolates nos bolsinhos deste calendário em cada dia do mês, ou até mesmo colocar pistas e esconder cartinhas e brindes pela casa, ou pela escola. Vamos contar juntos?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Você sabe como é feito o papel?

Primeiro é importante entender e fazer a criança também entender que uma árvore demora muito mais tempo para crescer do que o papel para ser feito. Você pode fazer com que a criança entenda isso colocando uma caixa aonde estava escrito “Reciclando Papel”, onde as crianças poderiam depositar os “restos” de papel após suas atividades de recorte.

Isso contribuiu, em primeira mão, com a conscientização ecológica das crianças. Ao verem a quantidade de papel que jogamos no lixo todos os dias, visualmente eles vão entender a gravidade do problema.

Depois de ter acumulado uma quantidade de papel e explicado para a criança sobre o problema do desmatamento que é necessário para a produção de todo aquele papel que agora é lixo, pode-se explicar que também é possível reciclar.

PAPEL RECICLADO

- Papel picado: Corte o papel em pedaços realmente pequenos

- Água

- Cândida

Coloque o papel picado no liquidificador (até a metade do copo do liquidificador), adicione dois copos de água e bata até ficar homogêneo (se precisar adicione mais água). Adicione a cândida e bata mais um pouco, depois retire excesso de água. Após um minuto, estique um pedaço de magipack sobre a mesa e jogue a mistura em cima. Com um pano você pode amassar a mistura. Passe um rolo compressor por cima do pano (que está esticado sobre a mistura) e deixe secar por três dias, no sol.

Resultado com as crianças:

Com certeza será uma experiência riquíssima e super positiva, além de ser um processo extremamente divertido para as crianças, a experiência da reciclagem permite que elas se preocupem mais com o consumo de papel, tomando mais cuidado na hora de usá-lo.

Imagine só o que estas crianças podem fazer pelo planeta quando crescerem!

Viu só? Nem adianta dizer que é difícil, qualquer um pode reciclar!

Visite nosso site: www.aldeiabetania.com.br


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Quinta série: o início da autonomia


Começar a ir sozinho para a escola é o primeiro passo para consolidar a individualidade e a independência da criança. O momento deve ser valorizado pelos pais, mas sem superproteção

O fim do leva-e-traz para a escola é, para os pais, o primeiro sinal de que as crianças estão crescendo. Em geral, segundo especialistas, a etapa acontece na pré-adolescência, por volta dos 10 anos. Os pedidos de mais liberdade vêm acompanhados de uma enxurrada de dúvidas. Será que é a hora de eles começarem a andar sozinhos? Como eu posso saber se meu filho está seguro?

Esta é a idade em que as crianças começam a ter mais compromissos do que apenas ir à escola, segundo Vânia da Fonseca Turra, assessora pedagógica do Colégio Bagozzi. São cursos de línguas, esportes e outras atividades. “Ou os pais liberam ou acabam prendendo os filhos em casa, porque não vão dar conta de levá-los em todos os lugares”, afirma Vânia.

Aos poucos
A independência e a segurança necessárias para andar sozinho são adquiridas com o tempo. Veja como os pais podem estimular:

  • Desde cedo
Pequenas tarefas domésticas, como guardar a roupa e os brinquedos ajudam a criança a perceber que ela pode cuidar dela e de suas coisas.
  • Administrar
Dar mesada é uma forma de estimular e incentivar atitudes autônomas. A prática pode começar com 9 ou 10 anos.
  • Pequenas saídas
Ir até a padaria mais próxima ou entregar recados a familiares são formas de fazer a criança perceber que a família confia nela. Assim, os pais também vão se sentindo mais seguros pouco a pouco.
  • Diálogo
Alertar sobre os perigos de andar sozinho nunca é demais. É importante conhecer o caminho e redobrar os conselhos se a criança for pegar ônibus ou se houver trechos mais perigosos.
  • Longe e perto
Nos primeiros dias os pais podem acompanhar. Depois o celular é o mais indicado. O monitoramento não pode ser exagerado. Avisar o horário de saída e chegada é o suficiente.
Fontes: Vânia da Fonseca Turra, assessora pedagógica do Colégio Bagozzi; Sonia Maria Küster, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia Seção Paraná Sul.

De acordo com Gilberto Gnoato, psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Dom Bosco, biologicamente, as crianças que estão na fase de 10, 11 anos já estão prontas para andarem sozinhas.O que faz algumas mais independentes do que as outras é a forma como elas cresceram. “Depende da cultura, do ambiente familiar e das condições sociais. Os pais devem conhecer os filhos. Uma criança que foi bem estimulada a tomar decisões desde pequena reage melhor a esse momento. No Brasil, quanto mais alta a classe econômica, mais os pais têm a tendência de prolongar a infância dos filhos. Isso é um problema”, diz Gnoato.

A violência é o principal motivo que faz com que os pais tenham medo de soltar as crianças e acabem superprotegendo. Para a psicopedagoga Sonia Maria Küster, presidente da Associação Brasi leira de Psicopedagogia Seção Pa ra ná Sul, o medo deve ser superado para não deixar que, nesta fase de crescimento, a autonomia não seja desenvolvida. “É um passo muito importante. O cuidado em excesso faz surgirem dificuldades para tomar iniciativa. Isso repercute na independência desse futuro adolescente. Existem formas de controlar sem proibir. A criança pode manter os pais informados, avisando ao chegar e ao sair do local de destino.”

A estudante da quarta-série, Amanda, 10 anos, ganhou um celular dos pais quando sua família decidiu que estava na hora de ela começar ir para a escola e para o treino de vôlei sozinha. “Eu não dava mais conta de acompanhá-la”, conta Leoni, mãe de Amanda. Nas primeiras vezes, foi com a filha e conversou bastante sobre os perigos. “Expliquei sobre o trajeto e as pessoas. É claro que fiquei com medo, mas não podemos colocar nossos filhos em uma redoma de vidro. Eu deixo, mas isso não quer dizer também que não estou sempre atenta”, diz ela. Amanda tem o compromisso de ligar para a mãe assim que chega à escola e quando está saindo. “Ela avisa até se o ônibus atrasou.”

O monitoramento deve acontecer até os pais se sentirem seguros. Foi assim com a filha mais velha de Leoni, Aline, hoje com 19 anos. “Ela andava sozinha desde os 10 anos e nós paramos de ligar três anos depois. Isso foi muito importante para a formação dela. A Aline sabe mais de Curitiba do que nós e ela até já foi morar em outra cidade para jogar vôlei.”

Gazeta do Povo - Publicado em 21/10/2009 | JULIANA VINES

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A difícil missão de ser educador



A difícil missão de ser educador
Publicado em 21/10/2009 | ANNA SIMAS



Com a defasagem dos cursos de graduação e as constantes transformações do ambiente escolar, fazer um bom trabalho dentro da escola envolve dedicação e estudo constantes

Transmitir o conteúdo da disciplina escolar com eficiência, responder as perguntas e as curiosidades dos alunos, ajudá-los a resolver problemas, dar conta da violência e de todas as dificuldades sociais que se refletem no ambiente escolar. Essas são as principais atribuições de um professor hoje. Mas, no mês em que se comemora o seu dia, educadores e entidades responsáveis pela educação no país levantam a discussão sobre até que ponto todas essas tarefas são de responsabilidade do docente e o quanto a formação acadêmica desse profissional é responsável pelo resultado do que é apresentado em sala de aula.

Para a professora do departamento de educação da Univer sida de de Campinas (Unicamp), Maria Márcia Malavasi, o professor ideal para os tempos atuais deve ter passado por um bom curso de graduação, com projeto pedagógico consistente, que forneça cultura ampla e não fique restrito aos conteúdos disciplinares. “A continuidade dos estudos é fundamental. Um bom professor jamais poderá deixar de ler, de fazer cursos e frequentar palestras”, explica.

Retrato
Veja alguns indicadores do perfil do professor no Brasil:
> 61,7% são graduados com licenciatura.
> 6,8% não têm licenciatura.
> 38 anos é a média de idade do professor da educação básica (ensino fundamental e médio).
> 82,1% dos professores cursaram Magistério no ensino médio.
> 29,2% são formados em Pedagogia.
> 11,9% são formados em Língua Portuguesa; 7,4% em Matemática; 6,4% em História.
Fonte: Censo Escolar da Educação Básica 2007

Aprendizado diário com os alunos
Um professor não se forma apenas nos bancos das universidades. Isso é consenso entre os profissionais e educadores. Mas o que se busca hoje é uma boa formação continuada aliada à experiência que se ganha a cada dia com o contato direto com os alunos. No Brasil, 68,5% dos professores têm formação superior, apesar de isso, segundo especialistas, não ser garantia de bom desempenho profissional.

Com baixos salários e pouca valorização da profissão no país, é comum que o professor não se sinta estimulado a se capacitar, segundo Maria Márcia. Para ela, essa é uma competência do estado, que deve proporcionar pós-graduação para seus professores, além de assinar jornais e revistas para que eles tenham acesso à cultura e informação.

Saber lidar com a diversidade também é um ponto fundamental para ser um bom professor. Diferenças físicas, sociais e culturas estão mais do que nunca presentes na sala de aula, e a graduação não consegue contemplar todos os problemas que o profissional vai enfrentar durante o exercício da profissão. “Precisamos de faculdades que consigam levar em conta a realidade da comunidade na hora de formar educadores. Mas, infelizmente, a maioria não consegue fazer isso”, diz Márcia.

Mas a graduação não é a única responsável pela formação do professor. De acordo com o professor do departamento de educação da Universidade de São Paulo (USP), Ocimar Munhoz Alavarse, não adianta culpar as faculdades nem os professores pelos fracassos em sala de aula. “Temos que pensar em quais condições esses profissionais trabalham, levando em conta que 90% dos educadores do país atuam em escolas públicas. Nelas as condições são muito adversas, e isso é um fator desestimulante.”

Para os especialistas, por mais que os cursos de formação sejam eficientes, eles não conseguiriam dar conta de toda a formação, já que a prática docente é complexa e não pode ser reproduzida na faculdade. “Dar aula é um fazer que se aprende ao longo dos anos. Os quatro anos de graduação não bastam. Quanto maior a aproximação do estudante de pedagogia ou licenciatura com a sala de aula, melhor”, diz Alavarse.

Esforço dobrado
O acesso das crianças e jovens à informação cresceu aceleradamente com a internet, o que requer do professor uma velocidade de atualização tão grande quanto a de seus alunos. O tempo disponível para os dois lados não é o mesmo, mas para ter um bom desempenho é preciso correr atrás. É o que faz Andrea Louise Melzer, professora de educação infantil da Escola Santa Terezinha do Menino Jesus, em Curitiba. Ela dá aula para crianças de 5 anos e conta que muitas vezes foi questionada sobre assuntos que não tinha conhecimento. “Às vezes eles me perguntam sobre o que assistiram na televisão ou viram na internet e que eu não tinha a menor ideia. Eu falo que vou procurar para discutirmos depois ou peço que eles me contem”, diz a professora.
Além disso, ela, mesmo sem ter filhos em casa, procura ver desenhos e outros programas que sabe que são do interesse dos seus alunos. Além da formação de pedagoga, cursou Magistério e fez especialização. A larga experiência lhe mostrou a importância do diálogo em sala. Todo dia, antes do início da aula, ela senta em roda com os alunos e deixa que cada um fale um pouco de si. “Eles trazem para a sala problemas que os afligem, questões normais do dia a dia. É uma boa forma de abordar assuntos fora do programa de aula, mas que são fundamentais para a vida deles”, conta Andrea.