segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Palmada Educa?

Psicóloga Márcia Resende.

Disponível em: www.alobebe.com.br

A palmada é uma ação rápida, que alivia os pais, mas nem sempre garante a mudança do comportamento da criança. Nesse momento, é preciso escolher o que é mais importante entre aliviar o descontentamento e ensinar o filho.

Ao usar a palmada, os pais esquecem que comunicam aos filhos que os problemas são resolvidos com agressividade. É, essa não é a maneira mais eficiente de solucionar uma questão ou de obter uma resposta.

Desenvolver outra estratégia para impor limites e educar com amor são atitudes fundamentais. Educar requer dedicação e envolvimento, é uma ação de amor e de limites. Encontrar o equilíbrio entre ambos é um dos principais desafios e um grande aprendizado para os pais.

Também precisamos lembrar que educar é um processo diário, construído por meio de ações, gestos e pensamentos. As crianças percebem tudo, mesmo quando ainda não sabem explicar o que estão observando e sentindo. Quando os pais têm opiniões e atitudes divergentes, os filhos percebem. Por isso, todos os detalhes são importantes no processo de educação. Educar é uma ação sutil. Uma alternativa eficaz para auxiliar nesse processo é Programação Neurolingüística (PNL). O programa tem o objetivo de acessar as potencialidades humanas, buscando alternativas diferenciadas para as mesmas questões, o que garante mais liberdade aos pais na hora de agir. Eles podem construir alternativas para educar os filhos com respeito e amor. Agir com segurança funciona mais que mil palmadas.

Quando uma criança age de forma malcriada é porque ela percebe que há espaço para isso ou alguma comunicação de que essa atitude é permitida. Por exemplo, se em toda vez que ela se comportar mal receber uma palmada, ela conseguiu chamar a atenção dos pais. Quando a criança quiser chamar atenção dos pais novamente, vai agir errado de novo. A palmada não deixa de ser uma maneira de dar atenção. Sabendo disso, os pais conseguem agir de diversas formas e estabelecer limites para determinados comportamentos. Se uma criança estiver brincando e fizer malcriação é mais educativo privá-la da brincadeira, explicando qual atitude impediu que ela continuasse brincando. A ação é mais educadora que a palmada. A educação também é prejudicada quando não há comunicação entre pais e filhos. Comunicar com amor e transparência, independentemente da idade a criança, é muito importante. Estabelecer os limites com os filhos e firmar acordos também é uma ação educativa.

Alguns pais costumam demandar limites que atendam apenas suas próprias demandas, eles esquecem que os filhos têm as suas próprias e, mais uma vez, a comunicação é o que viabiliza ajustar as expectativas de ambos os lados, gerando ganhos a todos. A PNL também é uma ferramenta que auxilia a comunicação entre pais e filhos, ampliando os canais para atender aos objetivos individuais e coletivos da família. Além disso, essas atitudes inspiram respeito, valor imprescindível para a boa educação.